Astrologia & Sociedade
O FATOR SAGITÁRIO
27 de Maio de 2020
A dualidade humana
Olá a todos,

Vivemos momentos de intensas mudanças, que embora o universo tenha apontado sua ocorrência, nunca sabemos os detalhes de cada evento. A sabedoria da compreensão dos mistérios é assim: recebemos o símbolo e seu caráter e ao nos encontramos diante dos acontecimentos, analisamos suas possibilidades.

Nos tempos de dualidade em que nos encontramos, e que vem se acentuando muito especialmente com o fator político, através da astrologia buscamos encontrar o seu fator motivador e o sentido existencial dentro da nossa evolução. Chegamos então ao “Fator Sagitário”.

Vou começar explicando algo que poucos sabem ao certo, que é a dimensão do universo que habitamos, talvez apenas algum conhecimento rudimentar sobre a via láctea e o nosso sistema solar. Mas é importante saber a nossa localização, pois explica muito sobre as energias atuais.

Estamos na constelação de Sagitário, muito próximos a Órion e Ophiucus, o que traz muita clareza na compreensão dos atuais conflitos que vivemos e qual é o nosso padrão evolutivo.

A mitologia lança uma luz através das passagens de seus mitos, como uma visão atemporal da alma humana, que podemos observar e nos compreender com muita nitidez.

Porque a Precessão dos Equinócios á importante na nova tomada de consciência? Com a mudança das eras, as regências das Casas Astrológicas mudam de constelação, criando dessa forma um novo padrão evolutivo. Antes da Precessão, o ponto mais alto era ocupado pela constelação de Capricórnio, que representava o poder como uma estrutura rígida e opressora. Os valores tradicionais, a lentidão burocrática e tudo sob uma aparência muito sóbria, mesmo que na maioria das vezes totalmente hipócrita. Assim como no mito, Saturno, ou Cronos, que é o regente de Capricórnio, é castrado e destronado por seu filho Júpiter, ou Zeus, que é o regente de Sagitário. O movimento de precessão coloca Sagitário no ponto mais alto de poder, e não mais Capricórnio. Sagitário, representado pelo híbrido centauro e que não é um deus, mas uma criação genética criada pelos deuses para as lutas e guerras e habitar a terra. E através da compreensão do seu mito que chegamos no ponto dos conflitos da humanidade.

Júpiter caracterizaa o poder com 3 personagens: o centauro comum, que é forte e cheio de potenciais não desenvolvidos, em segundo através de Quíron, um centauro plenamente evoluído, dotado de inúmeras capacidades e conhecimentos, honrado e dignificado pelos deuses. E em terceiro através de Pallas Atena, a filha que chega para ocupar o poder em seu lugar. Pallas Atena é a figura mais exaltada da mitologia por sua inteligência, senso de justiça, força moral e é o mito formador de todo conceito social organizado da civilização moderna.
Como se aplicam e diferenciam esses personagens na humanidade, especialmente dentro da atualidade?

O centauro comum, pela falta da educação correta e necessária para o seu desenvolvimento, vive o descontrole de sua natureza animal, perdendo o limite da consequência de suas ações. Ele cai numa espiral decrescente de violência física e verbal, passando a evitar e negar todas as formas de conhecimento, vendo-o como um inimigo que precisa ser destruído. O grande potencial de crença, que é própria do Sagitário, se volta para vias negativas, tornando-os fanáticos e fundamentalistas. Como consequência ele vai se distanciando cada vez mais da verdade, portanto incapaz de compreender a realidade, iniciando um quadro de loucura e violência, rumo a uma inevitável autodestruição.

De uma forma geral, vimos figuras como essa no poder em vários momentos da história, deixando um rastro de destruição que afetou muitas gerações. No momento atual, com a ampliação dessas energias, observamos esses personagens não apenas no poder, mas na sociedade como um todo.

O centauro evoluído é o que recebeu educação e valoriza o conhecimento, permitindo assim o desenvolvimento de seu lado mais elevado, que é mais humanitário e preocupado com o outro além de si mesmo. Seu representante, Quíron, simboliza a constelação de Sagitário. Pacífico, bondoso e extremamente culto, era um sábio e conhecedor de diversas artes, como a música e a poesia. Era um curador, astrólogo e professor, recebendo a incumbência de criar e educar vários heróis e semi-deuses. Em sua glória final, o que lhe rendeu a homenagem da constelação, entregou-se em sacrifício para salvar Prometeu do cáucaso.

O conflito do fator Sagitário é óbvio nesse ponto. Encontramos um tipo de centauro quando não recebe nem um tipo de educação e conhecimento e outro quando a educação e o conhecimento estão presentes.
Com a proeminência de Sagitário, a terra transforma-se numa grande Tessália, onde vemos travarem-se todas as batalhas, observando no comportamento humano todos esses conflitos. O que o ser humano é capaz, toda a crueldade e violência quando lhe falta o conhecimento, e o quanto ele pode tornar-se exemplar quando o conhecimento está presente. Podemos verificar como isso se dá com clareza em nosso próprio entorno, mas nos personagens públicos de forma ainda mais acentuada.

Os centauros inferiores glorificam os atributos que sustentam sua base instintiva: a violência, a desconfiança, os excessos de todo tipo. Acreditam, por medo, que seu grupo deve se impor aos demais pela força e que os que não fazem parte dele são considerados inimigos. É o princípio do nazismo e todas as formas de autoritarismo cruel que vimos no planeta há milhares de anos. A falta do conhecimento lhes impede discutir ou argumentar qualquer assunto, cessando o debate com intimidação ou violência. O ódio que os domina e seu comportamento violento, vão corroendo suas relações sociais, isolando-os cada vez mais. São lançados então numa espiral involutiva de loucura e autodestruição.

Os centauros superiores não apenas buscam, mas oferecem a educação e o conhecimento. Compreendem a importância da verdade e principalmente que a razão é algo totalmente apartado da violência. Eles lutam com seus argumentos na tentativa de despertar os centauros inferiores e elevar seu patamar humano. Até pelo fato de que os compreendem, porque foram ou se sentiram como eles em algum momento da vida, mas desenvolveram uma consciência que os libertou dos baixos instintos, dos preconceitos, da ignorância que pode levar ao mau comportamento.
Na cerimônia do Oscar o ator Joaquim Phenix ao receber o prêmio faz uma declaração que ilustra muito bem essa dualidade Sagitariana: “Fui egoísta, cruel às vezes, alguém difícil de trabalhar. Estou grato porque muitos aqui nessa sala me deram uma segunda chance. Acredito que estamos no nosso ápice quando apoiamos uns aos outros. Não quando nos cancelamos por erros passados, mas sim quando nos ajudamos a crescer. Educamos uns aos outros, e nos guiamos no caminho pela redenção.”

Esse é o eixo que divide os extremos que estamos vivendo atualmente na raça humana. O bem e o mal não são posições políticas, religiosas ou ideológicas, mas entre a presença e a falta do conhecimento. Há um trabalho de formiga, porém necessário, para despertar o maior número de pessoas possível para essa redenção, pois é a única forma de melhorar a vida humana. E saibam que não há um meio termo nesse quadro, porque os que decidem ser indiferentes, por egoísmo ou comodidade, também estão rumo ao mesmo abismo. Os que não se importam com o que acontece no mundo, apenas o conforto de suas próprias vidas, não estão vivendo a vida calma e tranquila que muitos imaginam, porque a energia latente do universo cobra uma postura de todos. Por isso estão ficando deprimidas ou descompensadas emocionalmente e os próximos passos esperados são os mesmos já descritos anteriormente.
O terceiro poder, de Pallas Atena, é o que irá comandar a nova sociedade. A inteligência justa, organizadora e compassiva da mulher será a responsável pelo próximo poder da terra. Mas sobre esse tema vou abordar com mais detalhes futuramente. A missão atual da humanidade desperta pelo conhecimento e que se mantém na verdade é um processo de educação, na tentativa de resgatar o maior número de centauros de sua própria destruição. Não é fácil, mas essa é a nossa tarefa de todos os seres despertos.

O esforço em ajudar é sempre possível, mas não pela imposição de ideias ou mesmo usando a pura lógica racional. Algumas pessoas estão num ponto tão profundo de desconexão que se tornaram incapazes de compreender a realidade. A forma mais eficiente de despertá-los para a verdade e a realidade é através do amor, rompendo a distância dessa dualidade com uma aproximação bondosa e gentil. Essa é a verdadeira batalha: vencer o ódio e o preconceito para nos integrar novamente e desenvolver uma civilização melhor, mais justa e que inclua a todos.

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